quarta-feira, 15 de abril de 2009

DESAPEGO AO PODER

DESAPEGO AO PODER

Vários e ilustres advogados ressaltaram, por ocasião de seu passamento, as virtude3s do criminalista e grande tribuno do Júri, Dr. Waldir Troncoso Peres.
Dentre á infinidade de justos encômios a ele atribuídos, queremos modestamente acrescentar mais um.
Tratava-se de homem competente, com capacidade real para ocupara qualquer posto em um dos setores representativos da advocacia. Mas, a avidez pelo poder não era um dos defeitos – certamente os tinha, como todo mortal – do falecido.
Não se pode dizer, infelizmente, de muitos advogados atuais que nada têm de ilustres, mas querem se lambuzar com as delicias do poder em reeleições, mesmo não mostrando competência para ocupar os cargos aos quais foram guindados por incautos, seduzidos pelo canto de sereia de discursos dissimulados, porque não condizentes com a prática.
Usam o artifício da automopromoção grátis.
Cultuam a própria personalidade, usando os métodos de Goebells, para quem uma mentira repetida à exaustão se tornava verdade.
Tais dirigentes repetem Stálin, no que concerne ao culto á personalidade.
É chegada a hora de extirpar estes elementos do convívio dos operadores do direito, quanto á cargos eletivos, reservando-lhes somente a banca e uma aposentadoria digna, surrupiada das velhas gerações, por incompetência absoluta daqueles que deveriam defendê-los.

A QUEM RECLAMAR

A QUEM RECLAMAR?

A cidade de São Paulo vive, diariamente, o caos.
Trânsito ruim graças à imprevidência dos governos estaduais que não construíram linhas de metrô suficientes, no mínimo 10 quilômetros por ano.
Em governo contínuo, de um só partido, pouco se aplicou no setor.
A prefeitura não administra as linhas de ônibus que, sem fiscalização, circulam, em algumas linhas, com intervalos de 40 a 50 minutos.
Os córregos estão poluídos, as represas que abastecem a cidade também, graças à ocupação desordenada do solo.
Os córregos estão sujos e poluídos, e no final toda a sujeira desemboca no rio Tietê.
A educação pública é mera ficção, chegando os administradores ao cúmulo de contratar professores ambulantes a título precário, que não desenvolvem vínculo com qualquer comunidade.
É aplicada prova sem conteúdo a tais professores que as entregam em branco.
O governo alardeia a incapacidade dos professores, e a grande mídia endossa suas palavras, piamente.
A saúde pública atinge quase o caos.
A segurança pública não funciona, e não pode a culpa ser jogada na corrupção, porque se ele existe, é de parcela mínima dos policiais.
Os escrivães de polícia têm que comprar, tirando o dinheiro dos minguados vencimentos, computadores e impressoras. Quando o comércio local não lhes fornece cartuchos de tinta, eles têm que adquiri-los às próprias expensas.
O governo federal, ao invés de procurar formas de descentralizar o crescimento, economizar e diminuir a carga tributária prefere distribuir esmolas às populações pobres.
Desde a gestão passada, de outro partido, a autorização de escolas de nível superior e baixa qualidade mantidas por verdadeiros comerciantes do ensino viraram praxe.
Formam-se advogados, engenheiros, professores e médicos desqualificados, colocando em risco a segurança, o patrimônio e a vida dos cidadãos.
Não vemos perspectivas de mudanças, porque as alternativas de poder são péssimas!
Só estamos melhor que o Paraguai porque, atualmente, pode-se dizer em alto e bom som, que a população daquele país não pode, sequer, se queixar ao bispo.
Alguém tem a solução?

PERDA NA ADVOCACIA

Perda na advocacia
Morre o advogado criminalista Waldir Troncoso Peres
O advogado Waldir Troncoso Peres, de 85 anos, morreu na noite deste domingo, no Hospital Albert Einstein, por conta de uma insuficiência renal. Seu corpo, que já foi velado no próprio hospital até às 13h, será transportado para sua cidade natal, Vargem Grande do Sul (interior paulista). O enterro está marcado para esta terça-feira (14/4).
Considerado "lenda viva das tribunas do júri" e "príncipe dos advogados criminais do Brasil", Troncoso Peres atuou por mais de 50 anos até o ano de 2004, quando foi vítima de um AVC (Acidente Vascular Cerebral), que prejudicou a sua fala. Ele trabalhou na defesa de mais de 130 homens e mulheres que mataram seus cônjuges. Entre eles, o famoso caso do cantor Lindomar Castilho.
Em entrevista concedida ao Jornal do Advogado, ele disse que acreditava no crime por amor. E ilustrou a afirmativa citando o romancista Somerset Maughan, que tem uma imagem muito interessante a respeito do amor. Ele diz que é um sentimento tão intenso que o homem e a mulher se fundem. E que o nascimento do filho é o resultado dessa fusão. Então, quando existe a ruptura – e a ruptura em regra é unilateral –, aquele que a sofreu, que é abandonado, rejeitado, é capaz de matar.
Ele também considerava o Poder Judiciário a coluna vertebral da civilização brasileira. Na sua visão, foi o único Poder que não se contaminou, “no curso histórico, com as ditaduras que vêm destruindo o nosso país periodicamente”. Clique aqui para ler a entrevista.
A OAB de São Paulo lamentou a morte do advogado.“A Advocacia, especialmente a criminalista, perde um grande mestre, de notório saber jurídico, grande oratória e vasta cultura. Entendia que o advogado criminalista tinha de ter cultura científica, literária, filosófica e de matérias afins para que pudesse explicar os sentimentos e razões dos atos do cliente para o Júri. Deixa a grande lição da indispensabilidade do direito de defesa, do contraditório, de que o advogado criminalista garante um julgamento justo, o devido processo legal, pois defende o réu e não o crime”, afirmou o presidente da OAB paulista, Luiz Flávio Borges D´Urso.
Para D'Urso, Trancoso Peres está entre os grandes nomes da advocacia criminal, como Evaristo de Moraes, Dante Delmanto, Raimundo Paschoal Barbosa e Manoel Pedro Pimentel. “Estes advogados transformaram a advocacia criminal em arte, ao assegurar que ninguém é indigno de defesa por mais odioso que seja o crime que lhe seja atribuído”, afirma.
A Federação das Associações dos Advogados do Estado de São Paulo (Fadesp), também lamentou a morte de Troncoso Peres. Diz que ele não foi apenas um grande criminalista. “Foi um ícone da advocacia levada a sério por um homem que acreditava na capacidade do seu semelhante em ser indulgente, temperante, e, principalmente, via mortificado as misérias humanas”. Acrescentou, ainda, que ele foi referencial para todos os criminalistas e nunca esmoreceu nas causas em que atuou.
Leia a nota da Fadesp
Waldir Troncoso Peres não foi apenas um grande criminalista. Foi persiste sendo um ícone da advocacia levada a sério por um homem que acreditava na capacidade do seu semelhante em ser indulgente, temperante, e, principalmente, via mortificado as misérias humanas. Referencial para todos os criminalistas, Waldir Troncoso Peres nunca esmoreceu nas causas em que atuou. Advogado estrênuo, combativo, punha a exuberância de sua vasta cultura e profundo saber jurídico a serviço da guarda e sentinela dos direitos de seus constituintes. Orador de inigualável atilamento, tornava os júris em que atuava um espetáculo da razão humana. Waldir Troncoso Peres é insubstituível. Ocupa um lugar na história da advocacia brasileira ao lado de outros igualmente imortalizados pela atuação e contribuição que sempre viverão na memória dos pósteros.
A Fadesp — Federação das Associações dos Advogados do Estado de São Paulo, lamenta, com profundo pesar, o passamento do Advogado Waldir Troncoso Peres, e solidariza-se com a dor de seus familiares e amigos.
FADESPRaimundo Hermes Barbosa (Presidente)Sérgio Niemeyer (Diretor do Departamento de Prerrogativas)
(Revista Consultor Jurídico, 13 de abril de 2009)

GOD SHAVE THE QUEEN

God shave the Queen
Antônio Ribeiro
Em 1968, um pouco antes da edição do famigerado AI-5 pela ditadura militar, a rainha Elizabeth II da Inglaterra, visitou São Paulo.
Com a presença da monarca, inaugurou-se a nova sede do MASP, em 7 de novembro de 1968, na Avenida Paulista.
Hospedada em um hotel próximo, a rainha Elizabeth II teria que passar defronte a um prédio situado na Avenida Brigadeiro Luiz Antônio, para se dirigir ao local da festividade.
Naquele prédio, havia vários andares vagos para alugar.
Celso, auxiliar contábil em uma empresa de publicidade, era antimonarquista por excelência.
Acordara bem disposto, na antevéspera da passagem da comitiva real. Admirando os raios solares que penetravam pela janela, resolveu protestar contra a visita da rainha.
Depois de muitas conjecturas, bolou faixa com os dizeres: God shave the Queen.
O plano de elaboração da faixa foi exposto a Miguel, refugiado da ditadura salazarista, desenhista na mesma empresa em que Celso trabalhava.
Todavia, o inglês macarrônico de Celso deu a entender que seria escrito save, causando indignação no desenhista.
— “Não gosto de padres, reis e rainhas, portanto não o ajudarei na homenagem”, protestou Miguel.
Conhecedor da precariedade de seu inglês, Celso escreveu a frase em um papel. Esclarecida a situação, Miguel elaborou com capricho a faixa.
Mas, como colocá-la em um dos andares vazios do prédio?
Os beleguins da ditadura militar estavam a postos, e agiriam com presteza, não tinha dúvida.
Miguel colocou em prática uma idéia que considerou brilhante: foi ao Largo do Paiçandú, em um bar freqüentado por biscateiros.
Indagou se alguém aceitaria fazer bico.
O negro Sebastião, mestre-sala da Escola de Samba Nenê de Vila Matilde topou, recebendo a proposta:
— Dou-lhe agora quarenta cruzeiros em dinheiro. Você entrega vinte cruzeiros ao zelador do prédio situado na Avenida Brigadeiro Luiz Antônio, 1833, para que ele permita a colocação desta faixa em homenagem à rainha da Inglaterra.
— E o inquilino, doutor?
—Coloque-a em um dos conjuntos vagos.
— Receberei só vinte cruzeiros, doutor?
— Darei mais trinta cruzeiros, quando o serviço estiver pronto.
“Onde vou receber o restante do dinheiro”, indagou Sebastião.
—Mando um portador entregá-lo a você, aqui neste bar.
(O jovem informou que se chamava Plínio, e morava na cidade de Jundiaí).
Sebastião colocou a faixa no décimo andar, à vista da rainha. Quando a monarca desfilou em carro aberto, a polícia ficou atônita, mas não agiu de imediato.
No dia seguinte, vários agentes da polícia política desceram das viaturas. Dirigiram-se prédio, onde prenderam o zelador Leôncio.
Depois, retiraram a faixa do décimo andar.
Encaminhando ao Dops, o delegado de polícia de plantão interrogou o zelador:
—Porque ofendeu a rainha?
—Não ofendi doutor. “Nem conheço a mulher”, respondeu Leôncio.
— Não minta comunista safado!
—Doutor, a única rainha que conheço é a Zilda, da escola de samba que freqüento.
(Um dos policiais, que dava garantia ao delegado, meteu a mão nas fuças do preso folgado).
—Você sabe o que está escrito naquela faixa?
“Joaquim, da Escola de Samba Vai-Vai, informou que era homenagem à rainha. Pagou-me vinte cruzeiros, e permiti que a faixa fosse colocada no décimo andar”, explicou Leôncio.
—Pode informar o endereço do Joaquim?
—“Nunca tinha visto ele” antes. A primeira vez foi quando ele foi ao prédio, dizendo que era o Joaquim da Escola de Samba Vai-Vai do Bexiga, pedindo para colocar a faixa em homenagem à rainha. “Se mal sei escrever meu nome”, como iria entender língua das estranjas?”, aduziu Leôncio.
“Imbecil, aqui está escrito “Deus barbeie a rainha”, informou o delegado, que tinha a faixa aberta em seu gabinete.
—Doutor, nem sabia que a mulher tinha barba!
O delegado de polícia inteligente (existem!), percebeu que estava tratando com sujeito bronco.
Pediu aos policiais militares a aplicação de cacete maneiro em Leôncio, e depois o soltou.

NÃO AO CONTINUISMO NA OAB/SP

A Acrimesp, que foi presidida pelo Dr. D"Urso, teve sucessor que ficou vários mandatos no cargo, e a entidade praticamente feneceu. Acreditava que o Dr. D'Urso não iria repetir o erro. Concordamos em numero, gênero e caso, com o ilustre advogado criminalista Dr. Antônio Cláudio Mariz, constante da revista eletrõica Consultor Jurídico, quando afriam quema atual administração falhou na negociação do acordo com a Defensoria Pública e, principalmente, na questão da Carteira de Previdência dos Advogados, mantida pelo Ipesp.
O próprio Dr. D'Urso afirma em nota publicada no site www.oabsp.org.br, que foi pego de suprpresa pelo governo que o traiu, demonstrando ingenuidade (?) ou pura, com a devida vênia, incompetência, para negociar com raposas velhas da política.
Acrescentamos que além de nunca resolver o problema dos advogados dativos e deixar em maus lençóis os colegas contribuintes do Ipesp, o atual presidente ainda errou ao lançar o natimorto movimento Cansei, de cunho político-partidário, comprometendo a boa imagem da OAB/SP. Ademais, a anuidade chegou à estratosfera, sendo a maior do Brasil, sem as contrapartidas devidas. Os detentores do poder argumentam que as obrigações de Sao Paulo sao muitas, mas não observam que o numero de contribuintes também é grande. Não podemos transformar a entidade dos advogados em uma Venezuela, porque, conseguido o terceiro mandato, certamente o Dr. D'Urso tentará outros, mesmo que seja necessário modificar os estatutos.
Estamos, dentro de nossa pequenez, à disposição do candidato de oposição, para brecar de vez o continuísmo pernicioso.
Isto, porque podemos afirmar em alto e bom som:
CANSAMOS!

TRISTEMENTE INFORMANDO

Tristemente informando
Embora tenha havido inúmeras negociações, e a coisa parecia que teria boa solução, o governo de SP enviou ontem à Alesp drástica proposta de extinção da carteira dos advogados do Estado. Os 35.626 participantes serão reembolsados. O Estado propõe sua liquidação, com a distribuição da reserva (de R$ 972,5 milhões no ano passado) entre os 32.133 contribuintes ativos e 3.493 aposentados e pensionistas. Pela proposta, os segurados em gozo de benefício receberão valores que variam de R$ 50 mil (156 segurados) até mais de R$ 450 mil (115 segurados). Os participantes em atividade receberiam valores de R$ 5.000 (15.033 segurados) até mais de R$ 30 mil (216 segurados). Em 2008, a expectativa de déficit da carteira era de R$ 11 bilhões, sendo os benefícios corrigidos pelo salário mínimo.
(MIGALHAS, 13/03/2009)

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

PREMIADOS PELA ACADEMIA DORENSE DE LETRAS


Quarta-feira, 31 de dezembro de 2008.

7° Concurso de contos da ADL, Boa Esperança, MG

Relação de Premiados:Prêmio “Áurea Netto Pinto”


1º lugar: R$ 1.000,00, troféu e diplomaMaria Apparecida Sanches Coquemalla – “In/Justiça" – Itararé, SP

2º lugar: R$ 500,00, troféu e diploma Benilson Toniolo – “O poeta no supermercado” – Campos do Jordão, SP

3º lugar: R$ 300,00, troféu e diploma Édson Ferreira de Ázara– “A morte morta” – Boa Esperança, MG


Prêmios de Menção Honrosa: Diplomas. (Em ordem alfabética de autor.) ANTÔNIO RIBEIRO – “A VIÚVA FELIZ” – São Paulo, SP

Cecy Barbosa Campos – “O homem transparente” – Juiz de Fora, MG

Éder Rodrigues – “Do lar” – Belo Horizonte, MG

Fabiana de Oliveira Ribeiro – “Colégio Cinza” – Alterosa, MG

Gilson Eustáquio Chagas – “Cidadania... O resgate pra vida” – São José do Rio Preto, SP

Luciane Godinho da Silva – “O sacrifício do rei” – Porto Alegre, RS

Márcia Regina A. Duarte – “Pirei com a cabeça da minha amiga” – Rio de Janeiro, RJ

Levi de Santana – “Um dia menos os outros” – Jaboatão dos Guararapes, PE

Orlando de Arco e Flexa Neto – “O mundo do Homem Azul” – Monte Alegre do Sul, SP

Ritamar Invernizzi – “Hibernal” – Bento Gonçalves, RS

Reginaldo Costa de Albuquerque – “5o andar” – Campo Grande, MS

Simone Pedersen - “A primeira desilusão a gente nunca esquece” – Vinhedo, SP

Solange Firmino* - “Tudo muda” – Rio de Janeiro, RJ

Sulamita Coelho Amaral – “O medo” – Divinópolis, MG

Tânia Cristina Dias – “Alfazema” – Nova Lima, MG

Vítor Menezes– “O cavador de cisternas” – Boa Esperança, MG

Yvelise A. Queiroz e Crepaldi – “Admirador secreto” - Itajubá, MG